Lagartolandia

Invenções, pensamentos e desafios de um lagarto criativo

quarta-feira, setembro 27, 2006

On peut pas empêcher en arbre de pousser!



A natureza é implacável e o homem, neste caso, é ignorante... Queixava-me eu em 31 de Maio que debaixo das minhas janelas cortavam em postas acácias de porte médio. Esqueci-me, de tão indignada que estava, de verificar lá no local o que acontecia de facto... Pois, lembraram-se de retirar as árvores em finais da Primavera, quando a floração ainda existia e as sementes já abundavam. A agitação própria do corte e do arrastar dos ramos fez o seu papel e, num jardim com rega cronometrada todas as manhãs, só podia permitir que em pleno Outono imensas mini-acácias despontassem numa cortina de desafio sobre aqueles que as quiseram arrasar...

segunda-feira, setembro 18, 2006

De meloa a... abóbora (linguagem estritamente codificada)


Hoje, vou mesmo refilar!

Vidinha simples e da treta, dizem muitos. Mas, com consciência tranquila, espírito formativo e sacrifício, acrescentaria eu. A ladroagem (de ladrar, subentenda-se também) de certos progenitores que mal se lhe apertam os calos, nas partilhas de responsabilidades, em mês tão famoso como o de Setembro, não podem (nem devem, não percebo...) esticar os cordões das bolsas. Já têm tantas responsabilidades (2 famílias!), já gastam tanto, que no essencial esquecem que a factura concreta é maior que a imaginada (assim, proporcional a uma ida recente a banhos a praias do outro lado do Atlântico).
Cá deste lado, deliciámo-nos todo o Verão com meloas de qualidade, doces e refrescantes, do outro, creio que vêm aí as abóboras típicas do Dia das Bruxas, de que se tira o miolo para que os meninos façam buraquinhos em formato de rosto e ponham velinhas lá dentro para a enganar as almas, numa tradição pouco lusitana...

quinta-feira, setembro 14, 2006

Ou, guerra...



O cartaz diz tudo... encontrei-o numa das localidades onde estive este Verão (a Póvoa e Meadas, distrito de Portalegre) e achei-o simultâneamente hilariante e apelativo: uma espécie de Portugal no seu melhor!! Pois, esta guerra dos sexos (olé) foi apenas um toureio a cavalo entre dois cavaleiros e duas praticantes... Pena que não sei quem ganhou, afinal...

Paz...



Em Chaves, na borda do rio Tâmega, ainda se respira paz! Na foto são visíveis as "poldras" ou pedras assentes no leito do rio, que serviam de caminho simples e ritmado, para quem queria atravessar da urbe para as "veigas", localizadas do outro lado da margem. Era o caminho, vezes sem conta, pisado pelos nossos avós, bisavós e gerações anteriores. Pena que hoje estejam deterioradas, caídas ou simplesmente envoltas em sacos de plástico...

Olhai com olhos de ver e não com promessas infindáveis...

domingo, setembro 10, 2006

Obrigado, magnífico carro...

De facto, após um longo Verão de "vadiagem", devo agradecer ao meu carro ter-me aturado todos estes dias. Cada vez lhe dou mais valor, apesar das cotas de mercado já o terem posto fora das suas listagens... É que nele consigo levar tudo, pessoas, cães, 400 litros de esferovite com a maior facilidade, móveis novos (sobretudo se vierem bem embaladinhos como no Ikea!) ou usados, caixas, caixinhas, caixotes, tralha de todos os tipos e, também posso ir de férias a qualquer parte, como se viajasse em "executiva".
Com o tempo, só tem um inconveniente: consome demasiado comparativamente com os mais modernos... Mas, ao envelhecer, teima em me surpreender: se lhe ponho alguma peça nova, responde da melhor maneira, até quando se lhe muda o óleo do motor ou o filtro do ar (banalidades, diriam!) funciona como se de um jovem se tratasse!
Apesar de nas grandes cidades todos tendermos para utilizar carros cada vez mais pequenos, mais ecológicos, com menores consumos eu continuo a preferir este a qualquer "mosquito electrónico" que me apareça pela frente...