Requiem...

Lembro-me quando tinha os seus 14 ou 15 anos e me entrava pela casa dentro com os seus esboços em género de diário gráfico. Eram soberbos! Lembro-me também de termos folheado juntas muitos dos meus livros de arte e explicar-lhe o que sabia sobre as tendências artísticas e a força de uma imagem. Seguiu essa via para grande orgulho de todos nós. Tornou-se urbanista. Tinha uma alegria contagiante. A Susana partiu este fim-de-semana para uma aventura radical, no que acreditava ser o último paraíso, pela beleza selvagem e pura da natureza envolvente. Deixou-nos em circunstâncias trágicas, numa perplexidade de emoções, que se aproximam da mais profunda tristeza. E, quando o desânimo tocou todos os corações, de quem a estimava, alguém houve que ainda teve a coragem de dedilhar uns belíssimos acordes ao piano, em jeito de despedida...
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