Corredor de Newgrange, na Irlanda (foto retirada de crazymonk.org/images)
Cromeleque de Almendres (foto retirada de phoenix.sce.fct.unl.pt)Quem me conhece sabe que megalitismo é comigo... e, se me interessa o estudo daquelas enorme pedras, mais me divirto com as interpretações que bem ou mal se têm sobre o tema! Hoje, lembrei-me de dois exemplos essenciais Newgrange, na Irlanda e o cromeleque de Almendres, aqui no nosso Alentejo, a propósito da importância do sol e da lua desde a mais tenra idade do homem.
Em Newgrange, o complexo funerário parece estar ligado ao culto do sol, sobretudo ao solestício de Inverno. É curiosa a forma imaginada nesta pré-história, para os defundos serem tocados pelo sol de Inverno (ver foto), apenas uma vez por ano... como se existisse um possível renascer, uma repetição de um ciclo natural e de um novo ano a iniciar. A polémica ficará também eternamente à volta da leitura destes factos: terá significado para os vivos (nós), fazendo uma interpretação de fora para dentro do complexo funerário, ou terá importância para os mortos, fazendo a interpretação de dentro para fora do recinto?
Em Almendres, é de facto impressionante a disposição de pequenos menires, alguns até com decorações gravadas, que sugerem, pelo espaço disponível, o acesso de uma comunidade maior ao culto, ritual ou outro fenómeno lunar ou não, dali observável. Este exemplo único europeu, situado em pleno coração das terras lusas, perto de Évora, não deixa de contrastar em parte com um culto solar, mais elitista, de Newgrange ou Stonehenge. E, mais só noutro dia...